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REPORTAGEM

 

Seguindo as orientações do Programa Nacional de Combate à Pandemia, realizou-se, no dia 22 de abril, a testagem massiva dos alunos do secundário no Agrupamento de Escolas Abade de Baçal. 

Durante a tarde, quatro dias após o regresso do ensino secundário às aulas, decorreu a testagem dos alunos à Covid 19, não se tendo confirmado nenhum teste positivo.  Às 14 horas já se começava a fazer fila e os testes, previstos para as 14:30,  tiveram início 15 minutos depois, sendo realizados por dois técnicos de saúde, depois da identificação dos alunos e da entrega dos documentos, que era efeturada por dois técnicos auxiliares do Agrupamento. 

Era visível alguma ansiedade nos alunos que aguardavam, já que, para muitos, era a primeira vez que tinham esta experiência, como referiu Telmo Costa, que “apesar de considerar uma boa iniciativa por reduzir as possibilidades de infeção na escola.”

Em poucos minutos, era visível a longa fila de discentes que esperava a sua vez, nem sempre cumprindo as normas de segurança definidas no atual estado de emergência em que nos encontramos. Isto foi notado por alguns alunos, que, embora assumindo alguma responsabilidade nesse comportamento, apontaram falhas na organização do evento: “penso que deveria ter sido marcada uma hora para cada turma, para evitar juntar tanta gente no mesmo espaço” (Beatriz Maldonado, 10ºB); “a testagem deveria ser aplicada mais cedo, já que os alunos já estão há uma semana na escola” (Maria Fontes, 10ºB).

Iniciada a testagem, a fila fluiu, no entanto, com relativa rapidez, o que surpreendeu alguns dos presentes que ficaram exasperados quando, ao chegar, se aperceberam da sua dimensão. 

Apesar da apreensão perante a situação, era generalizada a satisfação por se encontrarem novamente na escola, como confirmam os depoimentos que recolhemos “É sempre bom voltar. A nível de ensino o presencial é sempre mais eficaz e é bom voltar a confraternizar. De qualquer modo, considero que termos tido a experiência de ensino online no ano passado já nos preparou melhor, lembrando-nos da necessidade de seguir uma rotina, por exemplo. (Soraia Silva, 12ºC); 

A descrição de alguns colegas também contribuiu para a sua preocupação, embora muitas vezes o balanço final fosse positivo “Sinceramente, pensei qe a dor fosse maior, mas foi só uma impressão. Nunca pensei não realizar o teste, apesar de algum receio que sentia, pois é uma mais-valia na situação em que nos encontramos (Beatriz Maldonado, 10ºB).

  Este evento foi um importante passo na resolução de um problema que afeta a vida das escolas há mais de um ano e que se seguiu à testagem e primeira vacinação dos docentes. Vários alunos referiram ainda que, na sua perspetiva, os colegas mais novos deveriam ser também testados, dado que é visível o pouco cuidado que têm no contacto uns com os outros, como afirmou Soraia Silva, do 12ºC. Esta reflexão resulta em parte pelo facto de a experiência na escola comprovar que o maior número de casos durante o primeiro período ocorreu nos alunos mais novos, o que levou várias turmas ao isolamento, enquanto no ensino secundário isto não se verificou.  

Concluindo, a testagem, que foi um sucesso, representou um grande passo no combate à pandemia e no regresso à normalidade desejada por todos. 

 

 

 

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