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Uma sala diferente de todas as demais, a sala saRA (sala de aula de Realidade Aumentada), encontra-se na Escola Básica Augusto Moreno, um dos estabelecimentos de ensino do Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, sendo um espaço onde, utilizando as tecnologias digitais, predominantemente a Realidade Aumentada, os alunos dos dois anos iniciais do primeiro ciclo consolidam os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas.

Com efeito, a Fundação Montepio tem vindo a promover anualmente, e desde 2009, o Prémio escolar Montepio, com o objetivo de contribuir para o aumento da qualidade do ensino em Portugal e reconhecer o esforço realizado pelas escolas, ao nível da inovação e qualidade dos projetos educativos e da melhoria dos resultados escolares. Assim, na oitava edição deste concurso, em 2017, o Agrupamento foi um dos cinco vencedores, com o projeto “saRA – Unindo o virtual e o real na sala de aula”, idealizado e concretizado pelo professor António Luís Ramos, atualmente diretor do Centro de Formação Bragança Norte. A qualidade do projeto foi recompensada com um prémio, no valor de 6.000 euros, que foi utilizado para a concretização do projeto, nomeadamente na aquisição do equipamento necessário.

Deste modo, tal como se comprova pelos testemunhos dos alunos, os mesmos gostam desta experiência, já que utilizam várias aplicações nos tablets e pintam desenhos, os quais, após a fase de pintura, observam, com recurso a uma aplicação, Quiver, diversos efeitos virtuais, salientando-se a animação de personagens, os sons e as interatividades. Outras das aplicações que se destacam são Game Kids 3 e 5, que proporcionam ao utilizador a ligação entre imagens e respetivas sombras, sopa de letras e outros jogos educativos. "Eu gosto de vir para a sala saRA, porque trabalhamos com os tablets e muitas vezes pintamos. Aprecio jogar nos tablets, principalmente o Game Kids 5, que tem vários exercícios para brincar e aprender, tanto palavras, como números. Se me deixassem, vinha para aqui muitas vezes", referiu Alice Borges, da turma MO4. Também Carolina Gama da mesma turma se sente entusiasmada com a ideia de ir para a este espaço: "Eu aprecio a ida para a sala saRA, já que pintamos e jogamos nos tablets, o que gosto mais é colorir. No entanto, nos dispositivos eletrónicos gosto muito da aplicação Caça Palavras, onde procuro vocábulos e recebo estrelas mediante o tempo que demoro a encontrar"

No âmbito do domínio aritmético, evidencia-se o software denominado “Jogos de Matemática”, onde os alunos associam a cada operação o respetivo sinal (adição, subtração, multiplicação e divisão) e desenvolvem o cálculo mental. No campo da caligrafia, a utilização da aplicação “Aprende com o Edu” possibilita o treino do desenho das letras, bem como a associação destas a conceitos reais.

Para a docente atualmente responsável por este projeto "Foi um desafio inovador e que exigiu resiliência, já que, sendo docente do ensino secundário, habilitar alunos de faixas etárias mais precoces com técnicas digitais é uma experiência difícil, mas, simultaneamente, desafiante. Do mesmo modo, ser responsável por um projeto único no país é um estímulo para a continuação deste. Torna-se interessante e emotivo ser apelidada pelos discentes como “professora saRA” e não pelo meu nome".

Concluindo, a sala saRA, um espaço da Escola Augusto Moreno (na sala 15), proporciona a consolidação e sistematização dos conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas. A presença de mobiliário adequado à faixa etária em questão (6-8 anos), nomeadamente “pufs”, desperta um maior interesse aos alunos, os quais apreciam, de uma forma muito significativa, estar neste espaço. 

 

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