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Com os anos, o tempo deixa marcas em todos os seres vivos, e o ser humano não é exceção.

Podemos reparar nisso nas rugas que vão surgindo no rosto das pessoas mais velhas, o que as leva muitas vezes ao desespero. Quantos de nós não vimos já as nossas mães com um olhar preocupado em frente ao espelho ou a procurar um creme que atenue esses sinais? Estas são as marcas mais visíveis do envelhecimento. Nós não reparamos nessa mudança na pele dela, porque as transformações são lentas e impercetíveis àqueles que não olham à procura dessas marcas e veem antes o ser como um todo. Para muitos, que vivem em angústia permanente devido aos efeitos da passagem do tempo na sua pele, felizmente, existem vários métodos para combater essa “maldade” que o tempo deixa ao longo dos anos, como alguns cremes ou cirurgias que se têm vulgarizado cada vez mais e que prometem rejuvenescer a pele, deixando-a “perfeitinha”. Outros há, no entanto, que convivem orgulhosamente com as rugas porque elas são a prova das suas vivências, as marcas do seu sofrimento, mas também da sua felicidade, a prova de que têm muito para contar.

Os cabelos também sofrem com o passar dos anos tornando-se brancos. A este propósito há até alguns mitos, como aquele segundo o qual não se deve arrancar um cabelo branco, pois, dizem, nascerão vários no local desse. Também aqui, e de forma muito mais vulgar, o ser humano tenta esconder a idade e opta por fazer madeixas ou pintar para manter a sua aparência próxima da imagem a que está habituado. Também a calvície é uma marca que afeta sobretudo os homens e já nem todos a aceitam bem, o que levou a medicina estética a evoluir bastante, sendo os transplantes capilares cada vez mais comuns.

E se alguns efeitos da passagem do tempo parecem ser apenas estéticos, há outros que implicam o desgaste físico e serão estes que mais afetam as pessoas, já que podem mesmo reduzir a sua qualidade de vida. É o caso da dor nas articulações, que dificulta, com o passar do tempo, a mobilidade, o curvar progressivo das costas, que evidencia, como dizem os mais velhos, “o peso da idade”, o desgaste de órgãos cruciais, como o coração, que exige uma mudança no ritmo de vida e de hábitos ou as falhas de memória, que podem ser muito incomodativas, perturbando a socialização e, em alguns casos, retirando autonomia à pessoa em causa.

Como referi, o tempo não afeta só o ser humano, mas também a mãe natureza.  Um dos aspetos visíveis é a erosão, que corresponde ao desgaste da sua camada protetora, tornando-a, desse modo, mais frágil. Claro que isto acontece devido ao impacto de outras forças, como a água e o vento, por exemplo, mas não é algo imediato. A erosão da mãe natureza  acontece, então, à medida que o tempo passa “entre os dedos” e, como esta fica mais frágil, está também mais exposta às ameaças que os seus hóspedes provocam.

Também as árvores exibem a sua idade, não só pela altura e largura dos seus troncos, mas porque possuem marcas que informam sobre a sua idade, tanto nas raízes como no tronco. Já todos vimos os famosos anéis quando as árvores são cortadas e através dos quais sabemos quantos anos ela tem, sendo este método designado por Dendrocronologia.

Na “velhice” vegetal as raízes também vão ficando  sem conseguir fazer certas coisas, ou seja, sem ter tantas habilidades, tal como os seres humanos. O que lhes acontece é não conseguirem retirar os nutrientes de que precisam.

As folhas caem, os galhos perdem viço e a casca desprende-se do tronco e é o fim da vida de uma árvore.

Além dos seres vivos, também os objetos sofrem o desgaste do tempo. Veja-se o que acontece com os edifícios que são abandonados à sua sorte, sem qualquer manutenção. Começam a ruir, deixando apenas os destroços e vestígios das estruturas. Há muitas ruínas famosas espalhadas pelo mundo inteiro, que uma vez descobertas têm sido preservadas e são fundamentais para melhor se compreender a história e os hábitos das várias civilizações que têm habitado a Terra. Machu Picchu, no Perú, a Acrópole de Atenas, na Grécia, Pompeia, em Itália, Stonehenge, em Inglaterra, e Conimbriga, em Portugal são alguns desses exemplos.

Ou o que acontece com os objetos, que ganham ferrugem, perdem o brilho, a cor, a eficiência tal como acontece com o ser humano quando envelhece .

Em suma, nada resiste ao passar do tempo.

 

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