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Com a chegada da pandemia de COVID-19 houve a necessidade de diversas mudanças. O mundo teve de se reinventar e encontrar soluções inovadoras das mais variadas formas,  nomeadamente ao nível da cultura.  

Nesse sentido, como resposta ao isolamento social, os artistas e produtores culturais souberam tirar partido da tecnologia para criar pontes, passando a apostar em espetáculos, bem como visitas a museus virtuais, que ganharam destaque.  

Por conseguinte, este surto não impediu a comemoração do Dia Mundial do Teatro no dia 27 de março, destacando-se as iniciativas dos teatros D. Maria II, com a representação teatral de “A Origem da Espécies”, “Sopro” e “Frei Luís de Sousa”, São João, com uma visita guiada digital pelo monumento nacional e a exposição da peça “Castro”, do Teatro Experimental de Cascais, com a exibição de “Auto da Índia”, entre outros. 

Esta programação especial estendeu-se e levou ao surgimento de diversas iniciativas como “D. Maria II em Casa”, organizado pelo Teatro Nacional D. Maria II, um serviço que pretendia levar o teatro ao domicílio enquanto as salas se encontrassem fechadas, estreando todas as sextas e sábados um novo espetáculo. Além disso, este teatro apelou aos espetadores que se juntassem ao movimento, publicando nas redes sociais conteúdos relacionados com esta arte com as "hashtags" #dmariaiiemcasa, #teatroemcasa ou #ficoemcasa para estimular o consumo da arte durante a quarentena. Os melhores vídeos foram partilhados pelo TNDMII nas suas plataformas, e compensados com entradas gratuitas para futuros espetáculos. 

Paralelamente, a Câmara Municipal da Amadora criou a iniciativa “Teatro ao Telefone” a qual pretendia chegar às camadas da população que não tinham acesso às atividades virtuais, nomeadamente aos idosos que vivem sozinhos. 

Além disso, diversos museus realizaram visitas online, como o Museu Calouste Gulbenkian, o Museu Nacional dos Coches, o Museu Nacional do Azulejo, o Panteão Nacional, Museu do Dinheiro, entre outros. 

Também os concertos foram realizados online através de diretos pelas redes sociais. Assim, foi criada a iniciativa “Festival Eu Fico em Casa” que une artistas portugueses, editoras (discográficas) e agências, num movimento cultural inédito no nosso país e que foi apoiado pelos meios de comunicação. As peças musicais foram transmitidas entre os dias 17 e 22 de março segundo horário estabelecido em cartaz através do Instagram de cada um dos artistas que se associaram ao projeto.  

No entanto, esta situação também trouxe impactos negativos para a cultura, na medida em que os espetáculos realizados não foram pagos, o que dificultou a sobrevivência dos artistas e dos colaboradores do teatro. 

Concluindo, os meios de comunicação revelaram ter uma grande importância na vida atual, pois possibilitaram a realização de inúmeras atividades virtuais na pandemia, o que demonstrou a existência de um mundo que até então era pouco explorado pela sociedade. 

 

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